O locutor Rainan Peralva, de 30 anos, almoçou com seus pais no início da tarde deste domingo (15) e se dirigiu à Escola Municipal André Re...
O locutor Rainan Peralva, de 30 anos, almoçou com seus pais no início da tarde deste domingo (15) e se dirigiu à Escola Municipal André Rebouças, no bairro de São João do Cabrito, subúrbio de Salvador, seu local de votação. Entretanto, ele não conseguiu exercer seu direito ao voto, porque um outro homem votou em seu lugar. Foi a história que ele contou ao Bahia Notícias.
Conforme relato de Rainan, ao chegar em sua seção eleitoral, não encontrou fila. O movimento estava tranquilo. Apenas um eleitor votava em frente à urna eletrônica. O locutor mostrou seus dados no aplicativo E-Título, assinou o documento que comprova a votação no primeiro turno e esperou a cabine de votação ser liberada pelo senhor que ali estava.
“Senhor, já acabou. Pode sair”, disse a mesária, já providenciando a liberação da urna para os votos de Rainan. Quando Rainan se dirigiu à cabine para votar, o senhor de 55 anos, identificado como Juarez Barreto Lemos, ainda estava lá. Ele alegava que ainda não tinha conseguido votar no seu candidato a vereador.
Quando a urna eletrônica sinalizou a finalização e Juarez abandonou a cabine, Rainan tentou iniciar sua votação, mas foi impedido, pois o sistema indicava que ele já havia votado. A mesária concluiu, então, que o senhor de 55 anos havia votado duas vezes: por ele e pelo locutor. A coordenadora da seção eleitoral foi chamada e informou que nada poderia ser feito.
AMEAÇA
Ainda na seção eleitoral, os dois eleitores discutiram. Rainan queria saber para quais candidatos seus votos foram dados. Diante da recusa de Juarez em responder, o locutor procurou por policiais e não encontrou. Então, resolveu começar a filmar a discussão, que terminou sem solução.
Rainan conta que, quando já havia desistido e estava se dirigindo ao seu carro, de cabeça quente por não ter conseguido votar, foi abordado novamente por Juarez, que o ameaçou. “Apague, viu? Senão você vai se arrepender”. Ao ser questionado pelo locutor se o vereador dele faria alguma coisa, o senhor teria dado as costas e ido embora.
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