O governador Rui Costa defendeu nesta segunda-feira (3) a estratégia do Partido dos Trabalhadores de manter múltiplas pré-candidaturas...
O governador Rui Costa defendeu nesta segunda-feira (3) a estratégia do Partido dos Trabalhadores de manter múltiplas pré-candidaturas para a Prefeitura de Salvador, até que seu candidato seja lançado oficialmente. Mas pondera, contudo, que o nome escolhido represente o campo de esquerda.
O petista revelou que nos últimos dias se reuniu com representantes de PP, PSD, PCdoB, PSB, Podemos, além de lideranças do PT. “Nós vamos ter que afunilar para um nome que represente esse campo mais à esquerda. Estou deixando as pessoas à vontade. Não estou pedindo para ninguém retirar a (pré) candidatura. Ao contrário, estou pedindo para que as pessoas mantenham as suas candidaturas. Esse é o momento de as pessoas buscarem aderência na sociedade”, afirmou Rui na cerimônia de abertura dos trabalhos na Assembleia Legislativa da Bahia.
Até o momento, são pré-candidatos pelo PT a secretária estadual de Promoção da Igualdade Racial, Fabya Reis; o vereador Moisés Rocha; o deputado estadual Robinson Almeida; a socióloga Vilma Reis e o ex-ministro da Cultura Juca Ferreira. Mais recentemente o governador também integrou a major Denice Santiago, criadora da Ronda Maria da Penha, no tabuleiro do PT.
Por outros partidos da base do governador são pré-candidatos o senador Ângelo Coronel (PSD) e os deputados federais Bacelar (Podemos) e Sargento Isidório (Avante). Em meio a tantos nomes, ele defendeu sua escolha por major Denice. “Eu, como um militante, tenho o direito de escolher uma pessoa. Todo mundo está escolhendo um nome. O governador não tem direito a escolher um nome?”, questionou Rui Costa.
O governador comentou ainda possível preconceito por Denice ser policial militar e negra. Ele se diz “surpreso”.
“As pessoas insistem em reproduzir preconceito, em reproduzir racismo. O preconceito contra profissões. Qual o problema de a pessoa escolher a carreira de policial? Fico às vezes surpreso (por) em pleno século XXI as pessoas se sentirem à vontade pra expressar racismo e preconceito. Não consigo entender a lógica disso. Só aumenta o meu entusiasmo pela escolha, minha vontade de ir pra campanha, porque mostra o quanto as pessoas ainda estão preconceituosas e racistas com gente pobre, pessoas negras e com pessoas que ao longo da vida foi a oportunidade profissional que escolheu ou que teve na vida”.
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