Na manhã desta quarta-feira (17), o deputado estadual Capitão Alden invadiu uma área restrita do Hospital Riverside – que é dedicado a ...
Na manhã desta quarta-feira (17), o deputado estadual Capitão Alden invadiu uma área restrita do Hospital Riverside – que é dedicado a pacientes diagnosticados com a Covid-19, em Lauro de Freitas, região metropolitana de Salvador. A unidade é uma área de isolamento respiratório e de contato, onde é proibida a entrada de visitantes e acompanhantes.
De acordo com a Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab), a todo momento, o deputado, que estava acompanhado de seus seguranças, ameaçava os profissionais da unidade de “dar voz de prisão”, afirmando que estava armado.
Ainda conforme a Sesab, um dos seguranças do parlamentar posicionou-se na porta de um dos quartos, tendo acesso a uma paciente que estava tomando banho no leito.
Em nota, a secretaria lamentou o ocorrido e destacou que o deputado e os seus seguranças colocaram em risco a própria saúde, sob risco de serem infectados com à Covid-19, bem como a de pacientes e profissionais.
Ao bahia.ba, porém, o deputado Capitão Alden afirmou que não estava armado e que essa visita estava programada desde abril, e que, até então, vinha tentando contato com a Sesab para agendamento de visitas às unidades.
“Mandei desde o dia 20 de abril vários ofícios à Sesab solicitando um cronograma de visitas aos hospitais. Cheguei a entrar em contato diretamente com o secretário Fábio Vilas-Boas avisando que enviei esses ofícios e um cronograma de datas para visitas aos hospitais”, afirmou Alden. O deputado diz ainda que a visita foi autorizada por Vilas-Boas.
Capitão Alden afirma também que as visitas solicitadas à secretaria nos hospitais que estão tratando pessoas com a Covid-19 não têm ligações com a declaração dada na semana passada pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que incentivou seus simpatizantes a invadir hospitais para verificar os internamentos.
“A constituição estadual me garante, como parlamentar, fiscalizar o Poder Executivo. Não fiscalizaria apenas os hospitais de campanha, mas sim todos os hospitais que estão recebendo recursos para fins de combate da Covid”.
Alden diz ainda que recebeu algumas denúncias sobre irregularidade no funcionamento de hospitais, número de leitos e de óbitos. “Uma série de situações que eu como parlamentar tenho a obrigação de fiscalizar. Não tenho nenhum objetivo de falar, entrevistar ou filmar pacientes, até porque esse não é o meu trabalho. Meu papel é fiscalizar e verificar os contratos, e assim eu fiz”, concluiu.
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