O aumento da busca da vacina chinesa CoronaVac na Europa poderá mudar a prioridade e gerar impacto nos próximos contratos de compra de lot...
O aumento da busca da vacina chinesa CoronaVac na Europa poderá mudar a prioridade e gerar impacto nos próximos contratos de compra de lotes junto ao governo chinês. Segundo o advogado Thomas Law, presidente do Ibrachina (Instituto Sociocultural Brasil e China), os europeus devem ter prioridade.
A procura do imunizante chinês tem ocorrido em função de problemas enfrentados pela vacina de Oxford em alguns países europeus. A situação gera concorrência ao Brasil na aquisição de novos leites.
De acordo com publicação do site Poder360, na semana passada, o governo brasileiro e o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), pediram que o embaixador da China no Brasil, Yang Wanming, verifique “a possibilidade de a Sinopharm fornecer 30 milhões de doses da vacina BBIBP-CorV” ao Brasil. Franco espera obter o imunizante “se possível, ainda para o 1º semestre de 2021”.
Desde o começo da crise, o Ibrachina tornou-se um dos principais interlocutores da embaixada chinesa junto ao mundo empresarial e político. Thomas já recebeu pedidos de ajuda de mais de 10 governadores para fazerem a compra direta de vacinas. No entanto, como não havia legislação permitindo compras diretas no pais, o processo tornou-se lento. Somado a isso, a retórica do governo federal e dos filhos do presidente influenciaram negativamente nessas ações.
Law é bastante procurado por deputados e senadores para intermediar ações da China em suas bases. Em exemplo recente, os deputados Marcelo Ramos (PL-AM) e Evair de Melo (PP-ES) conseguiram apoio do instituto e da embaixada chinesa para conseguir doações, sobretudo de oxigênio, para hospital de Manaus durante o colapso no Amazonas.
Com a aprovação do projeto que permite a compra por estados, municípios e empresários, o processo deve tornar-se mais ágil, ainda que as doses possam encarecer.
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