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Lula admite não criticar ACM Neto de olho em apoio do União Brasil, diz jornal

 



Em busca de apoio formal no primeiro turno dos partidos da chama terceira via, o ex-presidente Lula admitiu querer se aproximar do União Brasil, sigla comandada por Luciano Bívar. O pré-candidato ao governo do estado, ACM Neto, e o atual prefeito de Salvador, Bruno Reis, também são filiados ao partido, fruto da fusão do DEM – adversário histórico do PT -, e do PSL, nanico que abrigou a eleição de Bolsonaro em 2018. As informações são do jornal Folha de S. Paulo.

Em um almoço com parlamentares aliados e com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), na quarta-feira (13), o petista justificou sua aproximação com adversários históricos sob o argumento de que é essencial haver uma vitória sua já no primeiro turno para que não prosperem ameaças de ruptura democrática estimuladas por Jair Bolsonaro (PL) e aliados.

Segundo informações do jornal Folha de S. Paulo, que escutou parlamentares presentes no almoço, Lula teria sublinhado aos participantes da conversa que, no sentido de evitar arestas com os adversários históricos, não falou uma palavra crítica em relação a ACM Neto, ex-DEM e secretário-geral do União Brasil, na visita recente que fez à Bahia.

Além do União Brasil, Lula mantém conversações com o PSD, de Gilberto Kassab, e do MDB, de Simone Tebet. Segundo relatos de participantes da conversa, Lula afirmou ter certeza de que obterá o apoio de MDB —sob o argumento de que o PT cedeu ao partido em dez arranjos políticos estaduais sem pedir nada em troca— e que tem mantido pontes com Bivar, que, segundo ele, “odeia” Bolsonaro.

Embora não tenha sido citado no almoço, o PT também tenta obter o apoio do Avante de André Janones, que teve 2% das intenções de voto na última pesquisa Datafolha. O PT também pressiona, por meio das bancadas na Câmara e no Senado, uma adesão de Ciro Gomes (PDT), mas o candidato e a cúpula do partido descartam desistência.

Ainda de acordo com relato dos parlamentares que participaram da conversa com Lula, o petista disse que em um cenário normal ele até preferiria uma disputa com dois turnos, o que permite aos dois candidatos da reta final mais oportunidades de debate e de discussão de seus programas. Dessa vez, porém, uma vitória no primeiro turno seria crucial.

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