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Estrangeiros e formados no exterior podem participar do Mais Médicos sem Revalida



Médicos estrangeiros e brasileiros formados no exterior poderão participar do programa mesmo sem revalidar o diploma no Brasil. Ou seja, sem passar pelo Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos Expedidos por Instituição de Educação Superior Estrangeira (Revalida).

No passado, os governos petistas contrataram cubanos no Mais Médicos sem o Revalida — e 70% de seus salários ficavam com a ditadura de Cuba.

Isso vai acontecer porque o edital diferencia os médicos em três perfis. O perfil 1 é para os “médicos formados em instituições de educação superior brasileiras ou com diploma revalidado no país, com registro no Conselho Regional de Medicina — CRM”, que, segundo o governo federal, terá a preferência na nova versão do programa.

Já o perfil 2 abrigará “médicos brasileiros com habilitação para exercício da medicina no exterior”. E o perfil 3, por sua vez, será destinado aos “médicos estrangeiros com habilitação para exercício de medicina no exterior”. Ou seja, os dois últimos casos não exigem Revalida.

Para a ex-coordenadora de Doenças Crônicas do Ministério da Saúde Patrícia Izetti, a consequência do edital é atrair mais médicos sem Revalida do que formados no Brasil com CRM. Isso se dará, conforme avalia, devido ao salário, considerado baixo para a função.

A bolsa é de R$ 12,3 mil, e pode passar a pouco mais de R$ 15 mil com auxílios. “Por que R$ 12 mil não é atrativo? Porque um plantão está em torno de R$ 800 nos locais mais simples”, explica Patrícia. “Então, em um mês, o profissional tira mais de R$ 12 mil nas grandes capitais ou mesmo em cidades do interior que têm alguns hospitais”, completa.

Assim, seria preciso pagar mais para que o médico com CRM, do perfil 1, saia de uma metrópole ou de uma cidade de interior com mais assistência diagnóstica e vá para regiões carentes de atendimento de saúde.

“No Médicos Pelo Brasil, na gestão Bolsonaro, já se tinha um valor inicial maior: mais de R$ 15 mil mais ajuda de custo”, afirma Patrícia. “Caso o profissional fizesse a prova de especialização em saúde da família e comunidade, ele ganharia ainda mais. Podendo chegar em até a R$ 36 mil, quando o profissional tinha uma série de qualificações, como doutorado, e o lugar fosse realmente de muito difícil provimento”, lembra a profissional.



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