O prefeito de Riachão das Neves, Miguel Crisóstomo, tem imposto sua vontade sobre seu grupo político, deixando de lado pessoas preparadas que desejavam concorrer ao cargo executivo ao seu lado. De forma autoritária, ele apresentou dois candidatos que fazem parte de seu círculo familiar, que aparentam ter dificuldades em lidar com lideranças políticas. O medo da população se torna evidente ao ver esses candidatos, que não demonstram a capacidade necessária para administrar uma cidade do porte de Riachão das Neves.
Durante quase oito anos de mandato, Miguel Crisóstomo tem gerido o município de maneira centralizada em torno de sua família. Enquanto isso, diversas localidades permanecem abandonadas, sem a atenção básica necessária. A saúde é um exemplo claro dessa situação: muitas pessoas precisam se deslocar para Barreiras, Santa Rita de Cássia ou até Luís Eduardo Magalhães para receber atendimentos simples. Essa realidade tem deixado a população se sentindo abandonada pela gestão pública municipal.
O projeto de poder do prefeito parece estar chegando ao fim. Alguns vereadores já o abandonaram e as lideranças políticas estão cada vez mais distantes. A baixa popularidade dos candidatos a prefeito Johnny Cley e Max Wallace, escolhido como vice-prefeito por Miguel Crisóstomo, tem gerado desespero entre os eleitores, que não acreditam na capacidade desses jovens para assumir tamanha responsabilidade. Assim, a vitória deles se torna cada vez mais distante.
Miguel Crisóstomo foi alvo da polícia federal e tem recebido críticas e vaias da população em diversas localidades por onde passa alguns dos motivos são promessas não cumpridas durante sua campanha. Locais como o entroncamento, São José e Cariparé são exemplos da rejeição crescente à sua gestão. Com essa insatisfação generalizada, uma boa parte da população tende a rejeitar também os candidatos apoiados por ele, que já não conseguem conquistar a simpatia dos eleitores.