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Hábitos na pandemia elevam casos de colesterol alto, alerta cardiologista

 





O vírus da Covid-19 está longe de ser a única preocupação para a saúde durante a pandemia. Alterações nas taxas de colesterol vêm preocupando especialistas por todo o país. O isolamento social fez com que pessoas ficassem mais ansiosas, com menos opções de lazer, descontando assim na comida.


Para aliviar o estresse durante a pandemia, o álcool também foi uma válvula de escape para grande parte da população. Paralelo a isso, muitas pessoas deixaram de praticar atividade física. Para o Dr. Nivaldo, esses são fatores determinantes para o aumento do colesterol.

“A pandemia foi responsável por muitas pessoas interromperem a prática de atividade física por medo do vírus. Além disso, essas pessoas deixaram de ir regularmente ao consultório do seu cardiologista. Muitas vezes elas estavam com níveis elevados de colesterol e não ficaram sabendo. As vezes precisa fazer o ajuste desses medicamentos que controlam o colesterol. A falta desse atendimento regular gerou um descontrole em relação ao que a gente chama de taxa de normalidade dos níveis de colesterol. O colesterol elevado é um fator de risco para o infarto agudo do miocárdio e do Acidente Vascular Cerebral (AVC), conhecido popularmente como derrame”, disse.

O colesterol é um dos grandes responsáveis pelas doenças cardiovasculares, uma das principais causas de mortalidade no Brasil. De acordo com a Sociedade Brasileira de Cardiologia, mais de 380 mil brasileiros morrem por ano vítimas de problemas no coração, veias e artérias e cerca de 14 milhões têm alguma doença no órgão.

“Os hábitos que favorecem o aumento do colesterol é uma dieta rica em gorduras poliinsaturadas, frituras, fast foods, todos esses alimentos industrializados como biscoitos, amanteigados, salgadinhos, os alimentos que são fritos ao invés de serem cozidos ou grelhados. Tudo isso dificulta e aumenta os níveis de colesterol ruim que é o LDL colesterol”, revelou Dr. Nivaldo.

Com a suspensão das atividades nas academias, clubes esportivos e com o apelo por parte das autoridades para a diminuição da circulação de pessoas nas ruas, a população precisou se reinventar para continuar se exercitando. No entanto, muitos sofreram um total desânimo para fazer atividades físicas em casa. Para Filgueiras, a falta de atividade física é um dos principais fatores para o aumento das taxas de colesterol durante a pandemia.

“A falta de atividade física e descontrole em relação a alimentação, além da ansiedade, aumentou o consumo de alimentos que não são saudáveis por parte da população. Isso acabou gerando uma dificuldade maior em relação ao controle dos níveis adequados do LDL colesterol. A pratica de atividades físicas regulares e uma dieta balanceada, rica em hortaliças e proteínas de boa qualidade, além de gordura monoinsaturadas ao invés de poliinsaturadas, favorecem um controle melhor dos níveis desse colesterol ruim”, acrescentou.

O Dr. Nivaldo aconselha ainda que 50 minutos de atividade física, três vezes por semana, ou 30 minutos cinco vezes por semana é o suficiente para diminuir drasticamente os riscos de doenças cardiovasculares. “150 minutos de atividade física ou de caminhada regular por semana é muito importante para evitar os eventos de doenças cardiovasculares ou a propensão para essas doenças graves, como o infarto e o AVC”, finalizou.

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